15 de setembro de 2020
Almejados silenciosamente há uma década ou mais, os laços para uma relação de longa data entre Israel e os Estados do Golfo Pérsico tornaram-se públicos, fundamentados em interesses nacionais, com a especulação de que as relações conflitantes poderiam se transformar em algum sistema de sistema regional de aliança flexível. Estabelecidos durante o histórico Acordo Conjunto firmado entre Israel e os Emirados Árabes Unidos (EAU) em agosto de 2020, os Acordos de Abraão consistem em um marco para a normalização das relações diplomáticas entre Israel, EAU e Bahrein; visivelmente, estes acordos não têm como objetivo primordial resolver o conflito palestino-israelense. Este acordo define a trajetória para o estabelecimento de embaixadas, e a consolidação de laços diplomáticos, culturais e econômicos. As áreas específicas de intercâmbios comuns provavelmente incluirão segurança cibernética, comércio, inteligência artificial, compartilhamento de inteligência, gestão de recursos hídricos e muitos outros campos tecnológicos. Israel e os EAU são centros comuns de pesquisa e desenvolvimento. Após a assinatura dos Acordos de Abraão, e até o final de 2020, Sudão e Marrocos também reconhecerão a legitimidade de Israel.
Notavelmente, Israel e os Emirados começaram a operar voos comerciais entre os seus países pela primeira vez. O acordo é pautado em interesses nacionais, dentre os quais os temores contra as intenções hegemônicas por parte da Turquia e do Irã, e, mais distante da região, a lenta intrusão da presença chinesa no Oriente Médio. Autoridades dos três países, que comentaram sobre as motivações para o acordo, observaram as preocupações em comum acerca das agitações internas dos Estados árabes durante mais de uma década, provocadas por um declínio econômico oneroso, questões exasperantes de Covid-19, deslocamentos populacionais de grande magnitude e focos de corrupção perenes em proporções epidêmicas.
Partindo de um conteúdo anterior que teve como desdobramento os acordos ou tratados árabe-israelenses, estes acordos não incluíram a promessa de retirada por parte de Israel dos territórios para beneficiar a OLP ou a Autoridade Palestina. Este acordo não fez nenhuma menção às resoluções da ONU ou UE. Não incluiu nenhum dos pré-requisitos solicitados além da promessa israelense de não anexar o território da Cisjordânia adquirido na Guerra de Junho de 1967. Escritores israelenses, árabes e muitos analistas internalizaram a realidade de que a liderança política palestina continua a ser esclerótica, dividida, desequilibrada e bastante autocrática. Com mais frequência desde a metade de agosto de 2020, acadêmicos e escritores têm comentado que os “Palestinos Repetem os Mesmos Erros” novamente ao procrastinar e não participar de nenhuma forma de negociação.
Isto não é novidade para a OLP. Yassar Arafat fez com que a OLP se recusasse a participar das negociações de paz quando foi reiteradamente escoltado pela administração Carter quarenta anos atrás… De acordo com uma extensa entrevista com Samuel Lewis, embaixador de Israel nos Estados Unidos, (1977-1985). Anwar Sadat, o presidente do Egito, fez muito pouco para convencer a OLP a participar das negociações durante o período entre 1977 e 1980. Sadat deixou nas mãos dos americanos, particularmente ao conselheiro de Segurança Nacional de Carter, Zbigniew Brzezinski, para convencer Arafat a participar das conversações, reconhecer Israel, renunciar ao terrorismo e fazer parte dos esforços de Carter para a paz. Sadat sabia que Arafat era incapaz de aceitar Israel. Assim sendo, em Camp David, Sadat comunicou aos seus desapontados conselheiros do Ministério de Relações Exteriores que não iria esperar que Arafat ou a OLP arruinasse os frutos territoriais das negociações com os israelenses — a devolução do Sinai sem os assentamentos. Lewis nos recorda de que havia mais que um grande interesse para os palestinos da Cisjordânia se envolverem antes e depois das negociações de Camp David em setembro de 1978, mas “eles sofriam uma forte pressão por parte da bem-sucedida propaganda da OLP, para não participarem das negociações pela soberania da Palestina (autogoverno)”. O oficial da OLP Nabil Shaath, durante uma entrevista que teve comigo no Cairo, em 2 de outubro de 1988, explicou a razão pela qual a OLP não participou das negociações de 1978 — “Deixando de lado as falhas de Camp David, tivemos a oportunidade de conseguir o reconhecimento de nossos direitos legítimos. Nós não estávamos preparados.” Arafat não estava preparado. Outra evidência irrefutável sobre a recusa da OLP e de Arafat com relação às propostas americanas nos anos 1980 é encontrada em detalhes nas entrevistas orais com os oficiais de alto escalão do Departamento de Estado dos EUA, que repetidamente se esforçaram para que Arafat e os palestinos se envolvessem nas negociações lideradas pelos americanos: Wat Clevurius, Morris Draper, John Kelly, David Mack, Tom Pickering, Nick Veliotes, Dick Viets e outros.
A resolução do conflito palestino-israelense já não é obstáculo para fomentar as relações entre os Estados do Oriente Médio. Com a existência do acordo entre Emirados Árabes Unidos, Israel e Bahrein, os Estados árabes podem iniciar contatos de forma mais ampla com Israel — não baseados em uma ideologia ou uma restrição artificial, mas pautados na promoção de interesses estratégicos mútuos. Talvez possa ocorrer o desenvolvimento de um sistema de aliança flexível, onde Washington ou a União Europeia desempenhariam um papel consolidador, mas não de intromissão, promovendo conexões comuns entre os Estados da região. Isto poderia ser uma sábia consideração política para o próximo presidente dos EUA, não importando quem ocupará o Salão Oval em janeiro de 2021.
Ken Stein, 27 de setembro de 2020
15 de setembro de 2020
PRESIDENTE TRUMP: Muito obrigado. Por favor. Obrigado. A primeira-dama e eu temos a honra de receber na Casa Branca o primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, e sua esposa. Muito obrigado. Obrigado, Sarah. E o ministro de Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Abdullah bin Zayed. Muito obrigado. E o ministro de Relações Exteriores do Bahrein, Abdullatif Al Zayani. Obrigado. Muito obrigado.
Estamos reunidos nesta tarde para mudar o curso da história. Após décadas de separação e conflito, registramos o nascimento de um novo Oriente Médio. Graças à coragem dos líderes destes três países, damos um grande passo em direção a um futuro em que os povos de todas as religiões e origens possam viver juntos em paz e prosperidade.
Logo mais, estes líderes visionários assinarão os primeiros dois acordos de paz entre Israel e o Estado árabe em mais de 25 anos. Em toda a história de Israel, apenas existiu dois acordos deste tipo. Agora nós assinaremos dois em um mês, e em breve haverá outros.
Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein irão estabelecer embaixadas, intercambiar embaixadores e iniciar a colaboração — e trabalhar juntos vigorosamente como parceiros em uma ampla gama de setores; do turismo ao comércio e da saúde à segurança. Eles irão trabalhar juntos. Eles são amigos.
Os Acordos de Abraão também abrem as portas aos muçulmanos do mundo todo para visitarem os lugares históricos de Israel e orarem em paz na Mesquita de Al-Aqsa, situada em Jerusalém, o terceiro local mais sagrado para o islamismo.
Juntos, estes acordos servirão como o alicerce para uma paz abrangente em toda a região — algo que ninguém pensou que fosse possível, certamente não nos dias de hoje; quem sabe muitas décadas adiante — com base em interesses comuns, respeito mútuo e amizade.
Aos nossos convidados de honra de Israel, dos Emirados Árabes Unidos e do Bahrein: Congratulações por este feito notável. Meus parabéns. Fantástico.
Eu também quero agradecer ao vice-presidente Mike Pence. Obrigado, Mike. Ótimo trabalho. Secretário de Estado Mike Pompeo. Mike, muito obrigado. Conselheiro de Segurança Nacional Robert O’Brien. Robert, obrigado. Senhor Jared Kushner. Jared, muito obrigado. Embaixador Brian Hook. Muito obrigado, Brian. Obrigado. Obrigado. E Avi Berkowitz. Avi, muito obrigado. Eu também quero fazer um agradecimento especial — ele que tem sido um incrível embaixador em Israel, David Friedman.
Este é um grupo de pessoas formidáveis, um grupo de patriotas notáveis. Eles queriam muito que isto acontecesse. Eles trabalharam duro. E ,novamente, ninguém acreditava que isto poderia acontecer. E eles acreditaram que isto poderia acontecer. Eles nunca duvidaram. Assim, eu gostaria de agradecer muito a todos. Obrigado.
Durante gerações, os povos do Oriente Médio foram sufocados por velhas divergências, hostilidades, mentiras e traições. Tantas coisas os refreavam. A bem dizer, mentiras que judeus e árabes eram inimigos e que a Mesquita de Al-Aqsa estava sob ataque. Constantemente, diziam que estava sob ataque.
Estas mentiras foram passadas de geração a geração, alimentando um círculo vicioso de terror e violência que se espalhou na região e no mundo todo.
Estes acordos provam que as nações da região estão se liberando das abordagens fracassadas do passado. A assinatura no dia de hoje marca um novo rumo na história. E haverá outros países, em um futuro bem próximo, que seguirão estes grandes líderes.
Os povos do Oriente Médio não vão mais permitir que a aversão a Israel seja transformada em desculpa para o radicalismo ou extremismo. Muito importante. E não permitirão mais que o destino grandioso da região seja negado.
Na Arábia Saudita, em minha primeira viagem ao exterior como presidente, tive a honra de discursar para mais de 54 líderes de nações árabes e muçulmanas.
Minha mensagem naquele dia foi bastante simples: Eu recomendei às nações do Oriente Médio que deixassem suas diferenças de lado e se unissem contra o inimigo em comum da civilização, trabalhando conjuntamente para alcançarem os nobres propósitos de segurança e prosperidade. Eu ofereci a amizade da América, eu ofereci a ajuda da América, mas disse claramente que as nações da região teriam que decidir o tipo de futuro queriam para suas crianças, suas famílias e para a sua própria nação. Ninguém poderia fazer esta escolha por eles; eles tinham que fazer isso por conta própria.
Hoje, o mundo é testemunha de que eles estão preferindo a cooperação ao conflito, a amizade à hostilidade, a prosperidade à pobreza e a esperança ao desespero. Eles estão preferindo um futuro em que árabes, israelenses, muçulmanos, judeus e cristãos possam viver juntos, rezar juntos e sonhar juntos, lado a lado, em harmonia, coletivamente e em paz.
Novamente, deixe-me congratular o povo de Israel, o povo dos Emirados Árabes Unidos e o povo do Reino do Bahrein. Deus abençoe todos vocês. Este é um dia fenomenal para o mundo. Realmente, uma ocasião formidável e maravilhosa.
Quero agradecer a todos os membros do Congresso por estarem aqui: senadores, deputados e deputadas. Nós somos muito gratos. Todos queriam estar aqui. É um dia muito importante para o mundo. É um dia muito importante para a paz.
Antes que as partes assinem os Acordos, eu gostaria de pedir ao primeiro-ministro Netanyahu para dizer algumas palavras, seguido pelo ministro de Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos e o ministro de Relações Exteriores do Bahrein.
Muito obrigado. É uma grande honra. Obrigado.
PRIMEIRO-MINISTRO NETANYAHU: Estimados presidente Trump e primeira-dama Melania Trump. Obrigado por receber a mim, minha esposa, Sarah, e nossa delegação completa neste dia histórico. Eu quero expressar meu reconhecimento ao vice-presidente Pence, ao secretário Pompeo, ao conselheiro de segurança nacional O’Brien, e aos outros membros do Gabinete; Jared Kushner, Avi Berkowitz, embaixador Friedman e demais membros da habilidosa equipe de paz do presidente; membros do Congresso; embaixador israelense Ron Dermer, seus parceiros dos Emirados e do Bahrein; e todos os dignatários reunidos aqui neste dia ensolarado.
Quero também expressar minha gratidão a todos os israelenses que trabalharam por anos, algumas vezes em climas menos ensolarados, para chegarmos a esta ocasião. E eu agradeço a todos vocês. Obrigado.
Senhoras e senhores, Sr. presidente, este é um dia histórico. Ele anuncia um novo prenúncio da paz. Durante milhares de anos, o povo judeu orou pela paz. Durante décadas, o Estado judeu orou pela paz. E é por isso que hoje expressamos a nossa profunda gratidão.
Tenho gratidão ao senhor, presidente Trump, pela liderança resoluta. O apoio firme dado a Israel tem sido muito claro. O senhor confrontou corajosamente os tiranos de Teerã. O senhor propôs uma visão realista para a paz entre Israel e os palestinos. E o senhor intermediou com sucesso a paz histórica que estamos assinando hoje — uma paz com apoio amplo em Israel, na América, no Oriente Médio e, na realidade, no mundo todo.
Sou grato ao príncipe herdeiro Mohammed bin Zayed, dos Emirados Árabes Unidos, e ao ministro de Relações Exteriores, Abdullah bin Zayed. Agradeço aos dois pela liderança sábia e por trabalharem com os Estados Unidos e Israel para ampliar o círculo da paz. Sou grato sou grato ao rei Hamad, do Bahrein, e ao ministro de Relações Exteriores, Abdullatif Al Zayani, por se juntarem a nós trazendo esperança ao todas as crianças de Abraão.
A todos os amigos de Israel no Oriente Médio, esses que estão conosco hoje e aqueles que se juntarão a nós amanhã, eu digo: As-salamu alaykum. A paz esteja com você. Shalom.
E vocês ouviram do presidente que ele já está se alinhando com mais e mais países. Isto era inimaginável anos atrás. Mas com decisão, determinação e uma nova perspectiva sobre como obter a paz, isso está sendo realizado. Obrigado, Sr. presidente.
Senhoras e senhores, o povo de Israel conhece bem o preço da guerra. Eu conheço o preço da guerra. Eu fui ferido em combate. Um outro soldado, um amigo bem próximo, morreu em meus braços. Meu irmão, Yoni, perdeu a vida quando liderava seus soldados durante o regaste de reféns mantidos por terroristas em Entebe.
O luto dos meus pais pela perda do Yoni, até o dia em que eles faleceram, jamais foi superado. E durante todos estes anos, quando eu ofereço consolo às famílias de soldados mortos em combate e às vítimas do terror em Israel, eu vejo o mesmo sofrimento inúmeras vezes. E é por este motivo que eu me sinto profundamente emocionado de estar aqui hoje, em nome daqueles que carregam as feridas da guerra valorizam as bençãos de paz.
E as bençãos de paz que faremos hoje serão enormes. Em primeiro lugar, porque esta paz algum dia incluirá outros Estados árabes. E em última análise, poderá terminar de vez o conflito árabe-israelense.
Em segundo lugar, porque os enormes benefícios econômicos da nossa parceria serão sentidos em toda a região, e todos os nossos cidadãos serão beneficiados.
E em terceiro lugar, porque não é apenas uma paz entre líderes, é uma paz entre povos. Israelenses, emiradenses e bahereinitas já estão se entendendo. Nós estamos ansiosos para investir em um futuro de parceria, prosperidade e paz. Já iniciamos a cooperação para combater o coronavírus, e tenho a certeza de que, juntos, poderemos encontrar soluções para muitos problemas que afligem a nossa e as demais regiões.
Apesar tantos desafios e dificuldades que todos nós enfrentamos, apesar de tudo isso, vamos fazer uma pausa para apreciar este dia notável. Vamos superar qualquer diferença política. Vamos deixar todo o cinismo de lado. Vamos sentir, neste dia, o pulso da história, assim que a pandemia acabar, a paz que estamos celebrando hoje será duradoura.
Senhoras e senhores, eu dediquei minha vida protegendo o lugar de Israel entre as nações para garantir o futuro do único Estado judeu. Para alcançar este objetivo, eu me empenhei para que Israel se tornasse forte — muito forte — porque a história nos ensinou que a força traz segurança, a força traz aliados e, por último, — e isso é algo que o presidente Trump diz constantemente — a força traz a paz.
O rei David expressou esta verdade básica milhares de anos atrás em nossa eterna capital, Jerusalém. Sua oração imortalizada no Livro dos Salmos, na Bíblia, ecoa do nosso passado glorioso e nos guia em direção a um futuro brilhante.
Adonai oz le’amo yiten; Adonai yevarekh et-amo va’shalom. Que D’s dê força ao seu povo. Que D’s abençoe o seu povo com paz.
Senhor presidente, ilustres convidados, esta semana é Rosh Hashanah, o Ano Novo judaico. E que benção trazemos para este Ano Novo — uma benção de amizade, uma benção de esperança e uma benção de paz. Obrigado.
MINISTRO BIN ZAYED: Senhor presidente, senhor primeiro-ministro e meu amigo, Abdullatif Zayani; ilustres convidados: Assalamu alaikum wa rahmatullahi wa barakatuh.
Deixe-me começar expressando meus cumprimentos ao povo e à liderança dos Emirados Árabes Unidos, especialmente do Sheikh Mohammed bin Zayed. Também ao senhor presidente e a todos reunidos aqui no dia de hoje.
Eu continuarei meu discurso em árabe, mas tenho certeza de que será traduzido.
(Conforme interpretado.) Estou hoje aqui para estender uma mão de paz e receber uma mão de paz. Em nossa religião, dizemos, “Oh D’s você é paz e de você, vem a paz”. A busca pela paz continua sendo um princípio inato, os princípios são, de fato, concretizados quando transformados em ações.
Hoje, estamos prontos — já estamos testemunhando uma mudança no coração do Oriente Médio; uma mudança que trará esperança ao mundo todo.
Esta — esta iniciativa não teria sido possível sem os esforços de Sua Excelência o presidente Donald Trump, e sua equipe, que trabalharam duro e genuinamente para todos nós estarmos reunidos aqui. Particularmente, meu colega, secretário de Estado Mike Pompeo; Jared Kushner, conselheiro sênior do presidente dos Estados Unidos; e todos os que são leais ao princípio de paz nos Estados Unidos, que se empenharam para concretizar este momento. Obrigado.
Sua Excelência o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro do Estado de Israel, obrigado por optar pela paz e interromper a anexação dos territórios palestinos, uma decisão que reitera o nosso desejo comum de conquistar um futuro melhor para as gerações seguintes.
Senhoras e senhores, estamos testemunhando hoje uma nova corrente que criará uma trajetória melhor para o Oriente Médio. Este acordo de paz, que é uma conquista histórica para os Estados Unidos da América, o Estado de Israel e os Emirados Árabes Unidos, continuará tendo um impacto positivo, visto que acreditamos que será repercutido em toda a região.
Qualquer outra opção além da paz significaria destruição, pobreza e sofrimento humano. Esta nova visão — a qual começa a se consolidar no encontro de hoje em prol do futuro da região, repleta de energia jovem — não é um slogan que levantamos com intuito de ganho político, pois todos esperam ansiosamente criar um futuro com maior estabilidade, prosperidade e segurança.
Em uma época em que a ciência predomina, os jovens da região procuram participar deste importante movimento humanitário. Estamos satisfeitos que os Emirados Árabes Unidos farão parte deste momento visando a estabilidade e o crescimento do potencial humano por meio de um enfoque novo e civilizado, que abrirá muitas portas àqueles em busca de paz, prosperidade e futuro.
Nossas sociedades de hoje em dia possuem o alicerce para o desenvolvimento humano moderno, como infraestrutura, solidez econômica e conquistas científicas que permitirão promover o futuro do Oriente Médio.
Os Emirados Árabes Unidos acreditam que o papel dos Estados Unidos no Oriente Médio é positivo. E tal crença é evidenciada pelo acordo que estamos assinando hoje na Casa Branca, o qual vocês assumiram a liderança e permanecerão na história da humanidade como fonte inspiração a todos os povos que anseiam a paz no mundo todo.
E quanto a nós nos Emirados Árabes Unidos, este acordo permitirá com que possamos continuar a apoiar o povo palestino e concretizar suas esperanças de um Estado independente em uma região estável e próspera. Este acordo é fundamentado nos acordos de paz anteriores firmados pelas nações árabes com o Estado de Israel. O objetivo de todos estes tratados é tentar obter a estabilidade e o desenvolvimento sustentável.
Neste ano difícil, quando o mundo está sofrendo os efeitos da pandemia de Covid-19, meu país, os Emirados Árabes Unidos, têm reiterado os seus compromissos humanitários estabelecidos pelo pai fundador da nossa nação, Sheikh Zayed, que nos ensinou que ser solidário ao próximo, independentemente da afiliação religiosa ou étnica, é um dever humanitário e um princípio firme.
Durante este momento difícil, os Emirados Árabes Unidos, meu país, foi capaz de lançar uma sonda — a sonda até Marte. A Sonda Esperança, na realidade, representa a esperança de que a nossa região seja capaz de avançar e progredir se os governos e os povos abraçarem a ciência. No ano passado, após os Emirados Árabes Unidos enviarem Hazza al-Mansoori, o primeiro astronauta árabe a chegar na Estação Espacial Internacional, e lançarem uma usina nuclear pacífica, este acordo abre possibilidades para uma paz abrangente na região.
Obrigado, Sr. presidente.
PRESIDENTE TRUMP: Muito obrigado.
Ministro BIN ZAYED: (Conforme interpretado.) Senhoras e senhores, a paz exige coragem, moldar o futuro exige conhecimento. O avanço das nações exige sinceridade e persistência. Hoje, estamos aqui para dizer ao mundo que este é o nosso enfoque e que a paz é o nosso princípio norteador.
Aqueles que iniciam as coisas de maneira certa irão colher realizações notáveis com a graça de D’s. Obrigado.
O PRESIDENTE: Muito obrigado. Fantástico.
Ministro BIN ZAYED: Com a graça de D’s, senhor.
O PRESIDENTE: Muito obrigado. Obrigado. Ótimo trabalho.
MINISTRO AL ZAYANI: Sr. presidente, primeira-dama, primeiro-ministro, Sua Alteza, senhoras e senhores: Boa tarde. Hoje — hoje é realmente uma ocasião histórica, um momento de esperança e oportunidade para todos os povos do Oriente Médio e, em particular, para milhões de pessoas de gerações mais novas.
A declaração que sustenta a paz entre o Reino do Bahrein e o Estado de Israel é um passo histórico rumo à paz verdadeira e duradoura, à segurança e à prosperidade em toda a região, inclusive a todos os que lá vivem, independentemente da religião, seita, etnia ou ideologia.
Durante muito tempo, o Oriente Médio tem sido prejudicado por conflitos e desconfianças, ocasionando destruições incalculáveis e impedindo o desenvolvimento do potencial de nossos jovens mais brilhantes.
Agora, estou convencido de que teremos a oportunidade de modificar este cenário.
A declaração de hoje se tornou possível pela visão, coragem e empenho de Sua Majestade o Rei Hamad bin Isa Al Khalifa que, com o apoio do seu povo, tem protegido, institucionalizado e intensificado o espírito centenário de coexistência e harmonia do Bahrein, e que, sabiamente, reconhece que a cooperação legítima é o meio mais eficiente para alcançar a paz e salvaguardar os direitos legítimos.
Obrigado, Sua Majestade, por esta visão de paz para a região, pautada na confiança, no respeito e no entendimento entre todas as crenças, raças e nações.
Aos nossos irmãos nos Emirados Árabes Unidos: Parabenizo vocês por este importante acordo de paz que está sendo assinado hoje com Israel. Sua Alteza o Xeique Mohammed bin Zayed mostrou grande liderança e prudência ao possibilitar a paz e assegurar um futuro promissor a nossa região.
Ao Estado de Israel e ao primeiro-ministro Netanyahu: Nós recebemos com agrado e apreciamos os passos dados pelo senhor e o seu governo, reconhecendo que a manutenção da paz e segurança apenas é possível por meio de um compromisso verdadeiro que proteja os direitos e interesses dos países e povos da região.
Em especial, eu quero expressar meu profundo reconhecimento ao presidente Donald Trump e seu governo. Sr. presidente, sua habilidade diplomática e seus esforços incansáveis nos trouxeram aqui hoje e fizeram com que a paz se tornasse uma realidade.
E ao secretário Pompeo, ao conselheiro sênior Jared Kushner, ao representante especial Avi Berkowitz e aos demais — muitos outros — que executaram os seus mandatos com dedicação e habilidade.
Senhoras e senhores, o acordo de hoje é um passo inicial importante, e agora temos a incumbência de trabalhar com urgência para viabilizar a paz e segurança duradoura que nossos povos merecem. Uma solução de dois Estados justa, abrangente e permanente para o conflito palestino-israelense será a base, o alicerce de tal paz.
Hoje, mostramos que esta trajetória é possível, inclusive realista. O que era apenas um sonho até alguns anos atrás agora é uma realização, e podemos ver diante de nós uma oportunidade de ouro para paz, segurança e prosperidade em nossa região.
Nós, juntos com nossos parceiros internacionais, não vamos perder tempo. Obrigado.
PRESIDENTE TRUMP: Bom. Muito bom.
MINISTRO AL ZAYANI: Obrigado, senhor.
PRESIDENTE TRUMP: Excelente.
MINISTRO AL ZAYANI: Obrigado, senhor. Obrigado.
PRESIDENTE TRUMP: Maravilhoso.
MINISTRO AL ZAYANI: Obrigado.
APRESENTADOR: O presidente dos Estados Unidos, o primeiro-ministro do Estado de Israel e Sua Alteza o ministro de Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional dos Emirados Árabes Unidos assinarão um tratado de paz, de relações diplomáticas e de total normalização. Cada um deles assinará três cópias: uma em inglês, uma em hebraico e uma em árabe.
(Os documentos são assinados.)
APRESENTADOR: O presidente dos Estados Unidos, o primeiro-ministro do Estado de Israel e o ministro de Relações Exteriores do Reino do Bahrein assinarão agora a declaração de paz. Cada um deles assinará três cópias: uma em inglês, uma em hebraico e uma em árabe.
(Os documentos são assinados.)
APRESENTADOR: O presidente dos Estados Unidos, o primeiro-ministro do Estado de Israel, Sua Alteza o ministro de Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional dos Emirados Árabes Unidos e o ministro de Relações Exteriores do Reino do Bahrein assinarão agora os Acordos de Abraão. Cada um deles assinará quatro cópias: uma em inglês, uma em hebraico e duas em árabe.